Sabores catarinenses: conheça as iguarias com selo de Indicação Geográfica
Santa Catarina é conhecida por suas paisagens deslumbrantes que viajam da Serra ao Litoral. Entre dunas de areias e parques estaduais que protegem a mata nativa, o estado catarinense guarda oito iguarias que reforçam a cultura e identidade únicas do nosso território. Os produtos com o selo de Indicação Geográfica (IG) garantem a qualidade e especificidade do modo de produção característicos de Santa Catarina.
Atualmente, o estado possui nove selos de IG: os Vale de Uva Goethe na região de Criciúma, a Banana da região de Corupá, o Queijo Artesanal Serrano de Campos de Cima da Serra, o Vinho de Altitude, o Mel de Melato da Bracatinga, a Maçã Fuji de São Joaquim, a Erva-Mate do Planalto Norte Catarinense, a Cachaça de Luiz Alves e a Linguiça Blumenau. Esses produtos são protegidos por lei federal por meio do registro de Indicação Geográfica conferido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
De acordo com a Lei da Propriedade Industrial (nº 9.279/1996), há duas formas de se constituir uma IG: por Indicação de Procedência e por Denominação de Origem. O Vales da Uva Goethe, por exemplo, foi a primeira Indicação de Procedência de Santa Catarina a obter o registro, em 2012, e garante que todas as uvas do tipo Goethe possuem a mesma ambientação climática e de relevo. Já a Banana de Corupá, primeira fruta tropical a receber uma IG de Denominação de Origem no país, possui, além das características geográficas, o know how, ou seja, intervenção do ser humano para chegar ao resultado do produto.
Por que a Indicação Geográfica é importante?
O selo de Indicação Geográfica possui diversos benefícios, tanto para os produtores quanto para o estado enquanto potência turística. Isso porque, além de garantir aspectos culturais e identitários, também atrai visitantes e alavanca o consumo de produtos locais.
A Maçã Fuji de São Joaquim, por exemplo, os turistas podem aproveitar para conhecer mais sobre a Capital Nacional da Maçã enquanto colhem e descobrem mais sobre a produção do fruto. Os Vinhos de Altitude também podem ser citados como exemplo de impulsionador turístico, uma vez que atrai apreciadores da bebida de todo o mundo para degustar do sabor único encontrado em Santa Catarina.
Além dos aspectos positivos dentro do turismo, o selo IG também pode aproximar estados que compartilham dos mesmos saberes. Esse é o caso do Queijo Artesanal Campos de Cima da Serra que inclui 18 municípios catarinenses e 16 do Rio Grande do Sul, sendo o primeiro queijo nacional a obter IG de Denominação de Origem. Ou, ainda, do Mel de Melato da Bracatinga, que possui selo de Denominação de Origem e abrange 134 municípios, sendo 107 de Santa Catarina, 12 do Paraná e 15 do Rio Grande do Sul.
Novos selos e tradições
Recentemente, durante a Oktoberfest de Blumenau de 2024, oficializou-se o lançamento da IG da Linguiça Blumenau, produto típico da região do Vale do Itajaí. Essa é a mais recente IG do estado catarinense e reforça a ligação de Santa Catarina com a cultura da imigração alemã.
Ainda em 2024, a região de Luiz Alves recebeu o selo de IG como produtora de cachaça e aguardente. Seu grande diferencial na produção da bebida são as leveduras nativas, que são encontradas apenas nessa região do Brasil, para a fermentação do álcool.
A Erva-mate do Planalto Norte também entrou no seleto grupo de produtos IGs catarinenses recentemente. Em 2022, o estado conquistou sua sétima IG com a concessão do selo de Denominação de Origem. A erva nativa, produzida sob as sombra de araucárias e outras árvores da mata nativa, garantem o diferencial desse produto, além de misturar técnicas de gerações de povos indígenas, caboclos, tropeiros e imigrantes europeus.
Quando visitar Santa Catarina, não deixe de procurar por produtos com o selo IG e apreciar sabores únicos catarinenses.
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